Terceira edição do vivênciAAI em 2019 apresenta Arquitetura Abrangente
A Arquitetura Abrangente foi o tema que norteou a terceira edição do vivênciAAI, realizado pela Associação de Arquitetos de Interiores do Brasil/RS (AAI Brasil/RS). O evento contou com a presença de mais de 40 pessoas, na maioria arquitetos e urbanistas e estudantes da área, que estiveram no Espaço 373, em Porto Alegre, para assistir às palestras
e oficina, e trocar conhecimentos e experiências.
A arquiteta e urbanista Vera Mascarello (RS) iniciou o evento abordando o tema “Espaços que comunicam bem-estar”. A profissional destacou que intuição e percepção fazem diferença no momento de executar os projetos. “Cada indivíduo tem experiências peculiares, que devem ser levadas em consideração de maneiras diferentes. A questão dos espaços que comunicam bem-estar é interdisciplinar, pois além da Arquitetura envolve questões de psicologia, design thinking, entre outros”, explicou. Ao final, considera que bem-estar é conforto.
Vera, que é professora na Unisinos, trouxe alguns exemplos de como os ambientes podem interferir no bem-estar das pessoas, como aromas, texturas e soluções que fazem o uso de luz e sombra. “A chave de tudo é entender o cliente. Os arquitetos devem ser mais do que bons técnicos. A tecnologia nos ajuda na técnica, então temos mais tempo para pensar o intuitivo”, destacou. Para a profissional, as melhores tendências têm a ver com os sentimentos de cada pessoa. “Temos que ter foco no usuário e incorporar emoção nos projetos. Talvez o que não seja bonito para uma pessoa, tenha um valor sentimental forte para outra”, exemplificou.
A segunda palestra foi do arquiteto e urbanista João Paulo Generoso (RS), que abordou a Arquitetura Bioclimática. O profissional trouxe alguns fatores que devem ser analisados antes da execução dos projetos, de uma forma geral, como posição geográfica, topografia e solo, orientação solar, direção dos ventos, histórico pluvial e climático, anagrama de conforto (temperatura e umidade), entre outros. Para Generoso, se não analisadas corretamente, essas condições podem afetar no bem-estar dos indivíduos. Indo ao encontro do que apresentou a palestra anterior, para ele, conhecer as pessoas também é um ponto importante para o sucesso do projeto. “É essencial que a entrevista feita com o cliente seja muito completa, pois quanto mais conhecermos sua rotina, mais chances temos de trazer para ele o que necessita, através do projeto”, afirmou. “E muitas vezes, a falta de informação pode levar a grandes erros que podem colocar todo o trabalho do arquiteto a prova”, completou.
O profissional também destacou a busca pelo conforto no momento de pensar os projetos. “O conforto é emocional e é a chave para a satisfação do cliente. E quando trazemos esse ponto, temos que levar em consideração os quatro tipos de conforto: térmico, acústico, luminoso e visual”, esclareceu.
Finalizando o evento, a arquiteta e urbanista Marcela Machado (MG), ministrou palestra e oficina sobre como a Arquitetura impacta na saúde das pessoas. Marcela trouxe exemplos de enfermidades nas edificações e suas causas. Apresentou, também, algumas soluções para garantir a saudabilidade aos ambientes, como o uso de vegetação, em busca de conforto e eficiência às soluções a serem adotadas.
Para a oficina, a profissional mostrou o funcionamento de um equipamento que mede campos eletromagnéticos, E calculou a frequências das ondas no ambiente, em especial com a proximidade de um celular. A profissional usa uma série de instrumentos para fazer seus relatórios, que apontam variáveis que indica, a falta de saúde nas edificações.
Próxima edição
No mês de novembro acontece a última edição do ano do viviênciAAI. Na oportunidade, será apresentada a “Arquitetura Possível”, abordando áreas de atuação e oportunidades de trabalho viáveis. A atividade é gratuita para arquitetos e urbanistas e estudantes da área.
O vivênciAAI conta com o patrocínio do CAU/RS e com o apoio do Saergs, IAB-RS, AsBEA/RS, Sindividros e QG Assessoria de Imprensa & Relacionamento Digital.