“Frio de doer”: entenda os fatores que causam desconfortos musculares no inverno

O fisioterapeuta Cleiton Beck explica as causas e indica como tratar o mal estar comum nesta época do ano

O rigoroso inverno gaúcho chegou e com ele, uma série de preocupações com a saúde. Além das habituais gripes e alergias, nessa época do ano também são comuns dores nas costas, na região cervical e nos ombros. Isto porque, para amenizar o frio, acabamos contraindo o corpo na tentativa de nos mantermos aquecidos. Conforme esclarece o fisioterapeuta Cleiton Beck, quando a musculatura se contrai, uma parte é transformada em força e a outra em calor, o que explica o comportamento habitual de contração muscular no inverno. “Levamos isto inclusive para a hora de dormir. Acabamos nos encolhendo quando deitamos e muitas vezes, passamos a noite toda na mesma posição, não relaxando nem alongando o corpo”, explica. 

O profissional alerta para outro fenômeno comum no frio: o enrijecimento noturno. “Nosso corpo esfria durante o sono, pois há uma baixa no metabolismo, então é natural perdermos calor enquanto dormimos. O frio acentua o enrijecimento, gerando dor nos primeiros movimentos do dia”, esclarece Beck. “As dores normalmente são articulares, como coluna, joelhos, ombros e mãos, e agravadas pelos processos degenerativos já instalados como artrose.”, complementa o fisioterapeuta. Outro fator apontado por Beck é a mudança brusca de temperatura. “Pode gerar severas contraturas e espasmos musculares, como o torcicolo que dificulta o movimento do pescoço.”, diz.

 

Como tratar

A fisioterapia pode ser uma grande aliada na prevenção e tratamento das dores durante o inverno. Técnicas com Dry Needling, Liberação Miofascial e Quiropraxia Instrumental podem ser bastante eficazes para aliviar o mal estar rapidamente. Porém, segundo Cleiton, o sofrimento pode ser evitado também com alongamentos antes de dormir e ao levantar. “Pela manhã é importante, pois prepara o corpo para os movimentos e ativa a circulação. Já à noite é indicado para distensionar e relaxar a musculatura, que passa o dia contraída”, esclarece. Os alongamentos recomendados pelo profissional são escapular, de cintura pélvica, de coluna e lombar. “Sempre lembrando que praticar atividades físicas e pilates, por exemplo, também ajudam na preparação da musculatura, evitando as dores”, acrescenta. 

 

Sobre o fisioterapeuta Cleiton Beck

Cleiton Beck trabalha o conceito de Fisioterapia com excelência e baseada em evidências, utilizando técnicas modernas, sempre desenvolvidas com embasamento científico, diferenciando-se da fisioterapia “tradicional”. Ele também atua há 11 anos na UTI do Hospital São José da Santa Casa, em Porto Alegre.

Entre os serviços da clínica de Beck, está a reabilitação vestibular, tratamento para a chamada vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), que desencadeia vertigem, tontura e muitas vezes, confunde-se com a labirintite. Ainda trabalha com a terapia por ondas de choque, utilizada para o tratamento de dores ósseo-musculares crônicas; a termografia, a partir de um equipamento que capta luz infravermelha e possibilita identificar lesões no início ou sobrecarga muscular; o Méthode François Soulier de Quiropraxia Instrumental para ajustes articulares; e o Dry Needling, ou agulhamento a seco, que consiste na terapia manual intramuscular para pontos de dor.